Este roteiro pelo Peru contém o essencial para se conhecer em uma primeira visita ao país. O roteiro que fizemos foi de 13 dias, incluindo Lima, Cusco e Machu Picchu. Mas o tempo de viagem vai depender do seu estilo. Se você preferir, pode enxugá-lo um pouco, e fazê-lo até em 10 dias, por exemplo. É que a gente prefere viagens mais lentas, com tempo de sobra para deslocamentos e até pra ficar sem fazer nada se der vontade.
Além disso, já pelo assunto do blog dá pra perceber que a gente gosta de experimentar muita comida durante as viagens. E neste roteiro pelo Peru não foi diferente: teve muita gastronomia peruana!
Então vamos ao que interessa.
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O nosso roteiro pelo Peru
Primeira parada: 4 noites em Lima
Hospedagem
O bairro de Miraflores é o lugar onde a maioria dos turistas prefere se hospedar, pois é o bairro mais bem localizado prara visitar as principais atrações de Lima. Nós, de outro lado, ficamos hospedados no bairros de San Isidro, que certamente é outra ótima opção em Lima, próxima de Miraflores. É um bairro super agradável e bem menos movimentado, turisticamente falando.
Nós ficamos no Manto Hotel Lima e adoramos! O quarto era grande e muito confortável, e o hotel muito bem localizado, próximo ao Parque del Olivar, um parque de oliveiras super bonito em San Isidro.
Mas se quiser encontrar outras hospedagens tanto no bairro de Miraflores, quanto em San Isidro, o Booking.com tem várias opções, entre hotéis, apartamentos e outros. Muitas delas tem cancelamento grátis e que não requerem pré-pagamento. Além disso, as avaliações das hospedagens são bem confiáveis, já que são feitas somente por hóspedes reais. Pra encontrar uma hospedagem bacana, é só você clicar neste link, ou neste outro aqui.
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O que fazer em Lima
Centro Histórico
O centro histórico de Lima tem como ponto principal a Plaza Mayor, que, no século XVI, foi o centro da ocupação espanhola, liderada por Francisco Pizarro.
Os prédios que ficam ao redor da praça já não são mais os da época dos espanhóis, mas sim do século XX. Dentre eles, os que mais se destacam, especialmente pela arquitetura, são a Catedral, cujo portal remonta à época dos espanhóis, o Palácio do Governo, que é a sede atual do governo peruano, e o Palácio Arquiepiscopal, residência do bispo de Lima.
Outro local para visitar no centro histórico de Lima é o Convento de San Francisco. O ingresso custa 15 soles e inclui o tour guiado pelo convento e pelo museu. O roteiro leva o visitante pelas salas com arte sacra e objetos religiosos, pelo claustro, pela biblioteca e pelas catacumbas, onde as pessoas da cidade eram enterradas.
Museu Larco
Esse é, com certeza, um dos lugares imperdíveis para visitar em Lima. Boa parte da história dos povos antigos no Peru está neste museu, que abriga milhares de peças, entre cerâmicas, tecidos, metais e quadros. Elas contam milênios de história do país, desde muito antes dos incas. O museu abre todos os dias, das 9h às 22h, e o ingresso custa 30 soles.
Circuito Magico del Agua
O Circuito Magico del Agua está instalado no Parque Reserva. É o maior complexo de fontes do mundo instalado em um parque público, segundo o Guinness Book. O complexo possui treze fontes que brincam com água, luzes e sons. Com algumas dessas fontes é possível, inclusive, interagir. O pessoal se diverte se refrescando na água – principalmente as crianças!
O Circuito funciona de terça a domingo, das 15h às 22h30, e o ingresso custa apenas 4 soles. E, pra quem quiser aproveitar as fontes, o parque possui banheiros e vestiários.
Ruínas de Huaca Pucllana
As ruínas de Huaca Pucllana ficam no meio do bairro de Miraflores. O auge da cidade se deu entre 500 e 700 d.C., mas, por volta do ano 800 d.C., ela foi abandonada e se tornou um cemitério da cultura Wari. Hoje, em função da expansão de Lima, por volta de 1940, o sítio arqueológico possui apenas um terço da área original.
Huaca Pucllana fica aberta para visitação de quarta a segunda, das 9h às 17h. Mas as ruínas somente podem ser acessadas com o tour guiado, que custa 15 soles.
Malecón de Miraflores / Parque del Amor
O Malecón de Miraflores é um belíssimo parque de 5 Km sobre as barrancas da Costa Verde de Lima. “Malecón”, em espanhol, significa “paredão”. No caso, o paredão entre a cidade e o Oceano Pacífico, o que se traduz em vistas fantásticas.
O Malecón de Miraflores, na verdade, são três: o Malecón de La Marina (próximo à Av. Mariscal La Mar, onde ficam alguns dos melhores lugares pra comer ceviche em Lima), o Malecón Cisneros (onde fica o farol e o Parque del Amor) e o Malecón de la Reserva (já na altura do Shopping Larcomar).
Um dos pontos mais conhecidos do Malecón de Miraflores é o Parque del Amor, no qual está a escultura “El Beso”, do artista peruano Victor Delfín. A escultura, que representa um casal em um apaixonado beijo, com a bela vista do Oceano Pacífico ao fundo, é certamente um dos locais mais fotografados em Lima.
Barranco
O bairro de Barranco é, com certeza, o mais descolado e boêmio de Lima. Tem uma certa nostalgia, com casarões antigos que foram belíssimamente restaurados, bondes circulando, pracinha com igreja. Não dá pra deixar de visitar.
No bairro, passe pela Puente de los Suspiros e siga pela “bajada para baño”, que é o caminho para se chegar até a praia (que, em Barranco, é de areia). Se você der a mesma sorte que a gente e conseguir pegar dias de sol e céu aberto em Lima, vai poder apreciar o pôr do sol sobre o Pacífico, um dos mais bonitos que já vi.
Onde comer em Lima
Como já disse, nesse roteiro pelo Peru, nós ficamos quatro dias em Lima. Mas, se tivéssemos ficado uma semana, ainda assim seria pouco para aproveitar a cena gastronômica da cidade. Tem muito restaurante legal por lá! Neste outro post eu já contei sobre os sete lugares para comer em Lima que eu acho imperdíveis. Dá uma olhada!
Leia também: Roteiro em Lima: 4 dias pela capital peruana
Próxima parada do roteiro pelo Peru: 3 noites em Cusco
Onde se hospedar em Cusco
No seu roteiro pelo Peru, uma coisa a ser observada na hora de escolher sua hospedagem em Cusco é a localização. Isso porque a região do centro histórico de Cusco não é totalmente plana, sendo que algumas hospedagens ficam em lugares mais íngremes. E o sobe e desce das ladeiras certamente é mais sacrificante quando se está a quase 3400m de altitude, onde o oxigênio é mais escasso. Então, para não perder o fôlego a cada volta para o hotel, o melhor é escolher uma hospedagem situada em áreas mais planas da cidade.
Nós ficamos hospedados no Tierra Viva Cusco Saphi, que fica numa área totalmente plana, a poucos metros da Plaza de Armas. Além disso, o hotel tem bons quartos e um ótimo café da manhã. Se quiser fazer sua reserva, pode clicar neste link aqui. Ou então dá uma olhada nas outras opções de hospedagem no Booking.com. Há várias com cancelamento grátis e muito bem avaliadas por hóspedes reais.
Mas, caso fôlego não seja um problema, você pode até escolher uma hospedagem bacana no simpático bairro de San Blas, que é conhecido como o “bairro dos artesãos”. A partir da Plaza de Armas, você chega até o bairro subindo pela rua ao lado direito da Catedral de Cusco. E, se hospedando nessa região, você vai poder aproveitar a vista da cidade lá de cima, que é muito linda. Dá uma olhadinha no Booking.com, que tem várias boas opções nessa região também.
O que fazer em Cusco
Plaza de Armas
A Plaza de Armas é, certamente, o ponto mais icônico da cidade. Praticamente todos os principais pontos turísticos da cidade ficam nela ou ao redor dela. Então, durante o seu roteiro por Cusco você vai passar várias vezes por ela, inclusive à noite, quando ela fica ainda mais bonita.
La Catedral
Na Plaza de Armas, fica a imponente Catedral, construída entre os séculos XVI e XVII, sobre as ruínas do palácio inca de Viracocha. Junto a ela estão outras duas igrejas, a Iglesia del Triunfo, onde está o túmulo de Garcilaso de la Vega, e a Iglesia de Jesús Maria. A construção da catedral foi feita com blocos de pedra roubados da fortaleza de Saqsaywaman.
Iglesia de la Compañia de Jesús
Mais uma igreja católica construída sobre ruínas incas. A Igreja da Companhia de Jesus foi construída pelos jesuítas em 1571 sobre as ruínas do palácio do último inca, Huayna Cápac. Foi reconstruída em 1650, após o grande terremoto que atingiu Cusco.
Museo Inka
Neste roteiro por Cusco, o Museu Inca é onde está o principal conjunto de artigos incas. Há uma grande quantidade de objetos, joias, vestimentas e até múmias, além de uma quantidade igualmente grande informações sobre a cultura inca. O ingresso custa 10 soles e o museu fica aberto de segunda a sábado.
Museo Historico Regional
Este museu é relativamente pequeno em acervo, mas muito interessante. Está instalado no antigo casarão colonial em que viveu Garcilaso de la Vega, o escritor descendente de uma princesa inca e de um espanhol, autor dos Comentários Reais, crônicas que contam a história da colonização espanhola.
O acervo do museu é pequeno em relação a outros museus sobre a história do Peru, mas é bem organizado cronologicamente pelos cômodos da casa. O museu está aberto todos os dias e o ingresso está incluído no boleto turístico.
Qorikancha
Em Cusco, os visitantes tem a oportunidade de conhecer não só a história do povo inca, mas, principalmente, a fusão entre a cultura indígena e a dos colonizadores espanhóis. Uma das coisas que mais impressionam em Cusco é a dominação da cultura espanhola sobre a inca, o que fica evidente ao se visitar, por exemplo, a Iglesia de Santo Domingo, que foi construída sobre as ruínas do templo de Qorikancha.
Considerando que Cusco tem a forma de um puma, Qorikancha seria o coração do animal. Era o templo mais importante para os incas. Em quéchua, Qorikancha quer dizer “pátio dourado”, pois o local era literalmente coberto de ouro. As paredes eram cobertas de folhas de ouro maciço. Além disso, o templo possuía réplicas e altares, todos feitos com o metal dourado. Mas, com a chegada dos conquistadores espanhóis, tudo isso se perdeu – ou foi parar em alguma cidade da Europa.
Qorikancha foi construído no século XVI, pelo décimo inca, Tupác Yupanqui. Depois da conquista espanhola, o templo foi entregue por Francisco Pizarro ao seu irmão, Juan, que o deixou para os dominicanos, os quais têm a propriedade do templo desde então.
Bairro de San Blas
Vale a pena o esforço de subir as ladeiras até o “bairro dos artistas”, como é conhecido o bairro de San Blas. O bairro é cheio de ruelas estreitas por onde não passam carros, além de várias lojinhas, bons restaurantes e bares animados.
Além disso, no bairro, você também pode visitar a Iglesia de San Blas, que foi uma das primeiras construídas em Cusco. Igreja foi totalmente destruída no terremoto de 1650, e, hoje, tem uma fachada simples, mas um interior muito bonito. O ingresso à igreja também está incluído no bilhete integral do Circuito Religioso Arzobispal.
Arredores de Cusco
Uma das vantagens de adquirir o boleto turístico em Cusco é que ele inclui a entrada nas ruínas incas nos arredores da cidade. Ao norte de Cusco, você encontra Sacsayhuaman, Puka Pukara, Tambomachay e Qenqo. Sacsayhuaman era, ao mesmo tempo, fortaleza e templo de adoração e sacrifícios. No desenho da cidade de Cusco, Sacsayhuaman seria a “cabeça do puma”.
Bem próximo dali está Qenqo, um misterioso santuário indígena, cheio de símbolos até hoje não decifrados completamente. Como os incas não possuíam registros escritos, a história e significado de cada lugar acaba dependendo da interpretação desses símbolos pelos pesquisadores, bem como de relatos de antepassados incas.
Ainda mais ao norte, estão as ruínas de Tambomachay, que era um local de relaxamento e retiro espiritual para os incas, com várias fontes de água, e Puca Pucara, a “fortaleza roja”, quer servia de centro de observação e controle do território.
Onde comer em Cusco
Há várias boas opções para comer em Cusco. Neste outro post aqui, eu indico vários restaurantes que experimentamos durante a nossa passagem pela cidade. Lá tem pelo menos cinco lugares que valem a pena incluir no roteiro. Não deixa de conferir!
Leia também: Roteiro por Cusco: conhecendo a capital do imperio inca
Próxima parada do roteiro pelo Peru: 1 noite no Valle Sagrado
Ainda que, para muitos turistas, Machu Picchu ainda seja o principal, se não o único, motivo para viajar para o Peru, o país tem muito, mas muito mais coisas a mostrar quando o assunto são sítios históricos.
Sem dúvida, Machu Picchu não tem comparação possível dentro do país. Mas o restante do Valle Sagrado dos incas também é fantástico e deve ser incluído no seu roteiro pelo Peru. Você pode alugar um carro ou contratar um táxi para fazer o passeio. Nós contratamos um táxi e aproveitamos a ida de Cusco para Ollantaytambo (onde pegaríamos o trem para Águas Calientes) para fazer o passeio. Assim, o tour pelo Valle Sagrado também nos serviu de transfer, o que custou 75 dólares.
Fazendo esse tour, você chegará a Ollantaytambo no final do dia. Então, o melhor a fazer é domir por lá e pegar o trem para Aguas Calientes no dia seguinte. Assim você já aproveita e conhece as ruínas da cidade, que são fantásticas. Quanto à hospedagem, nós ficamos no Kamma Guest House, um hotel bem pequeno, próximo do centro da cidade. O lugar é bem simples, mas muito limpo e aconchegante. E está super bem avaliado no Booking.com, que é onde eu faço a grande maioria das reservas nas nossas viagens. As avaliações são de quem realmente se hospedou no lugar, então são bem confiáveis!
Pisac
Partindo de Cusco, Pisac é onde se inicia o tour pelo Valle Sagrado. As ruínas da cidade inca situam-se no alto de uma montanha, acima do povoado de mesmo nome. A parte central do conjunto arqueológico também reproduz a forma de um condor, assim como a cidade de Machu Picchu. A caminhada pelas ruínas exige um certo de esfoço e cuidado, já que há subidas um pouco mais íngremes.
Salineras de Maras
Em Maras, você vai visitar as salineras, onde os peruanos produzem sal, desde o tempo dos incas, aproveitando a água quante e salgada que desce da montanha. Ela vai enchendo cada um dos tanques por meio de pequenas canaletas, para que, após a evaporação, se extraia o sal. Mas isso somente é feito depois de terminada a estação das chuvas (que vai até abril). Além disso, somente moradores da comunidade de Maras é que podem possuir os tanques de sal, que vão passando de pai para filho.
Chinchero
O centro histórico do povoado de Chinchero combina ruínas incas com edifícios coloniais, como a Iglesia Colonial. Além disso, se você estiver lá em um domingo, vai poder aproveitar feira da cidade, com os artesãos vestidos em roupas típicas.
Outra atividade bacana para fazer na cidade é conhecer algum dos textiles, locais onde se produzem artesanalmente os tecidos incas, com lãs de ovelha e alpaca. As artesãs mostram todo o processo de fabricação dos tecidos, inclusive a limpeza e coloração das lãs, ambas feitas com produtos naturais, como raízes e sementes.
Moray
O conjunto arqueológico de Moray é um dos lugares mais intrigantes do Valle Sagrado. O local era utilizado pelos incas como um laboratório agrícola. É formado por plataformas concêntricas, construídas utilizando a depressão natural do solo. A profundidade das plataformas chega a 150 metros, sendo que a diferença média de temperatura entre o nível mais profundo e a superfície é de até 5ºC. Assim, os incas podiam testar a produção de diversas espécies de plantas.
Isso explica porque esse povo fantástico possuía um avançadíssimo conhecimento da agricultura. Não à toa, o Peru, hoje, possui uma infinidade de variedades de produtos agrícolas. Por exemplo, o país possui mais de três mil variedades de batata, além de mais de 50 tipos de milho. Nenhum lugar no mundo tem tantas variedades deste último. Aliás, segundo um guia peruano que nos conduziu por Saqsaywaman, em Cusco, o nome “Lima”, em quéchua, quer dizer “agricultura variada”.
Ollantaytambo
Se você pensa que Ollantaytambo é apenas a cidade de onde partem os trens para Aguas Calientes, você está redondamente enganado. Isso porque Ollantaytambo é nada menos que um dos maiores complexos arqueológicos do Peru, com cerca de 600 hectares de extensão. Cercada por montanhas, a cidade possui o que, pra mim, é o santuário inca mais bonito, depois de Machu Picchu.
As ruínas na parte central da cidade serviram tanto como templo quanto como fortaleza. Elas ficam no alto de 17 plataformas, que se alongam pelo flanco da montanha Tamboqasa, tomando a forma de uma lhama quando vistas do alto.
Próxima parada do roteiro pelo Peru: 2 noites em Aguas Calientes e Machu Picchu
Há duas empresas que fazem o percurso até o povoado de Aguas Calientes, que é a base para quem vai conhecer Machu Picchu. Uma é a Peru Rail e a outra, a Inca Rail. Os preços são bem parecidos, assim como os serviços. Nós acabamos optando pela Peru Rail, e compramos passagens de Ollantaytambo para Aguas Calientes, no Vista Dome, que é o vagão com vista panorâmica do trajeto. Para saber mais sobre os trens que fazem esse percurso até Aguas Calientes é só acessar os sites das duas empresas, clicando aqui ou aqui.
Todos os trens têm como parada final Aguas Calientes, que é de onde você vai pegar o ônibus para subir a montanha até a cidade perdida dos incas. O povoado é uma pequena baguncinha e não há nada de muito atrativo para ver. Mas isso não vai ser problema, pois a função principal da cidade é, de fato, servir de base para chegar a Machu Picchu e, nisso, o povoado atende muito bem aos turistas.
Na hora de montar um roteiro pelo Peru, a maioria dos turistas passa somente uma noite no povoado, o que é suficiente para fazer o passeio até as ruínas, ainda que possa ser um pouco corrido. Você pode chegar em Aguas Calientes pela manhã e subir a montanha à tarde, voltando a Aguas Calientes para pernoitar. Ou chegar em Aguas Calientes à tarde, pernoitar no povoado, subir a montanha na manhã do dia seguinte e depois seguir viagem à tarde. Mas, se ficar duas noites, vai ter ainda um tempinho para descansar depois da subida à montanha e também para dar umas voltas pelo centrinho do povoado, se quiser.
O ponto alto do roteiro: Machu Picchu
A “cidade perdida” dos Incas é, por si só, um motivo suficiente para viajar para o Peru. Ela foi apresentada ao mundo quando o pesquisador americano Hiram Birgham a descobriu, em 1911. Até então, a cidade permaneceu “perdida” por três séculos, sem que ninguém, nem mesmo os nativos que viviam na região, soubessem da sua existência. Os conquistadores espanhóis também nunca a encontraram. E, quando a cidade foi descoberta, ninguém soube como chamá-la, já que inexistem registros escritos da civilização inca. Assim, deu-se às ruínas o nome da montanha onde elas ficam: Machu Picchu, que, em quéchua, quer dizer “montaña vieja”.
A cidade, se vista do alto de Huayna Picchu (a “montaña joven”, em quéchua), a cidade inca tem a forma de um condor, que é um dos elementos daquela trilogia utilizada pelos incas para explicar o mundo, junto com a serpente e o puma.
Visita a Machu Picchu
Hoje, as ruínas de Machu Picchu são certamente o local mais visitado e não há como deixá-las de fora do seu roteiro pelo Peru, principalmente se estiver visitando o país pela primeira vez. Em 1983, foram declaradas Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Para visitá-las, você precisa ir até o povoado de Aguas Calientes, que fica ao pé da montanha. De lá, você pode chegar a Machu Picchu pegando um dos micro-ônibus que saem mais ou menos a cada 10 minutos, a partir das 5h30 da manhã. Compre o seu bilhete logo que chegar em Aguas Calientes, e, se quiser pegar o amanhecer nas ruínas, prepare-se para ir para a fila dos ônibus antes da 5h – os hotéis geralmente têm café da manhã a partir das 4h.
Ou, se tiver preparo físico, você pode adicionar um pouco de aventura ao seu roteiro pelo Peru e chegar às ruínas pela Trilha Inca ou por outras trilhas alternativas, como a da Montanha Salkantay.
Além disso, para visitar a cidade, é necessario adquirir o ingresso com antecedência pelo site oficial do Ministério da Cultura peruano. Os ingressos possuem horários pré-determinados e você só vai conseguir ingressar nas ruínas no horário para o qual você adquiriu seu ingresso. A antecedência é importante porque Machu Picchu somente pode receber um número limitado de visitantes por dia, e, assim, você garante que haverá disponibilidade para o horário que você pretende visitar a cidade.
A visita a Machu Picchu pode ser feita percorrendo-se três circuitos diversos. Mas saiba que, independentemente de qual circuito você escolher, você deverá segui-lo até o final, saindo do parque. Não é possível fazer mais de um circuito na mesma visita, a não ser que você saia do parque e entre novamente. Mas, pelas regras agora vigentes, para cada entrada, você precisará comprar um novo ingresso. Além disso, agora é obrigatória a contratação de um guia para acompanhá-lo na visita. Os guias podem ser contratados na entrada do parque mesmo.
Última parada do roteiro pelo Peru: mais 2 noites em Cusco
No final do nosso roteiro pelo Peru, voltamos a Cusco para mais duas noites, o que resultou em mais um dia inteiro para passear pela cidade. A gente quis aproveitar um pouco mais o período de férias que tínhamos, então ficamos mais um tempinho na cidade. Mas, mais uma noite já é suficiente para você voltar com calma de Machu Picchu e depois pegar o voo de volta para o Brasil no dia seguinte.
Nessas duas noites a mais em Cusco, aproveitamos para conhecer mais alguns restaurantes da cidade. Além disso, subimos à noite até o bairro de San Blas, pra tomar uns bons drinques no Limbus Restobar, um bar super bacana, que ainda tem uma vista linda de Cusco e uns petiscos bem gostosos.
Pronto! Esse foi o nosso roteiro pelo Peru. Espero que, com essas dicas, você consiga montar um belo roteiro também. E, se você já foi ao Peru e tem alguma dica pra dar pra gente, compartilha ali nos comentários. A gente vai adorar!
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