Se você leu este outro post, já viu a primeira parte do nosso passeio pela rota dos chamados Vinhos de Montanha, em Pinto Bandeira. E viu também que a nossa última parada foi na Vinícola Don Giovanni. Lá, há também uma pousada, onde ficamos hospedados.
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Primeiro, falemos da Vinícola e dos Vinhos de Montanha.
Na vinícola, os hóspedes da pousada podem fazer a visita, bem como a degustação dos vinhos, ambos incluídos na diária. Além disso, ganham 10% de desconto numa eventual compra de produtos. Da mesma forma que nas outras vinícolas, durante a visita é apresentada a produção dos vinhos e espumantes.
Além deles, a Don Giovanni produz um brandy (conhaque), herança das origens do local.
Lá, funcionou o Centro Tecnológico da Dreher S.A., a produtora do conhecido Conhaque Dreher. Aliás, quem já passou dos 30 certamente lembra do “Deu duro? Tome um Dreher!” no comercial da TV. Quem fundou a Dreher S.A. foi Carlos Dreher, avô de Beatriz Dreher Giovaninni, uma das proprietárias da vinícola. Tem uma entrevista bacana com ela na Revista Donna. É de 2013, mas é legal para conhecer a história da vinícola.
Quando estivemos lá, o tempo estava ruim, então não pudemos aproveitar todo o potencial que o lugar tem ao ar livre. Mas, pela foto de apresentação deste post, você pode ver que o por-do-sol por lá é espetacular.
Enfim, fica um pretexto para uma nova visita. =)
Agora, podemos falar da pousada com lareira e do jantar harmonizado.
A pousada não é luxuosa, mas é aconchegante. O que, pra mim, vale bem mais. Por exemplo, na entrada, há um pequeno mimo para os hóspedes: um “self-service” de laranjas e bergamotas.
Aos sábados, a pousada serve um jantar harmonizado com os vinhos da casa. Há três cardápios pré-definidos, mas que somente são informados no momento da reserva.
O local do jantar é restaurante da pousada, que fica no porão da casa. Segundo o meu pai, casa de italiano sem porão, não é casa de italiano. Talvez em razão do costume dos imigrantes de produzirem seu próprio vinho, utilizando o porão como local para as pipas e a armazenagem da bebida.
O restaurante é todo decorado com fotografias e objetos antigos, que contam um pouco da história da família Giovannini.
Tá, mas e que tal as garfadas?
Estavam deliciosas, eu diria.
A comida servida não é sofisticada, mas é muito gostosa. E certamente o mais bacana é que boa parte dos produtos utilizados é produzida ali mesmo na propriedade.
Primeiro, a entrada servida foi um prato individual de salada de alface da horta, fresquinha, com molho de ervilha e salsa. Finaliza a salada uma redução feita com o resíduo retirado das espumantes no processo de degorgement, que fica com um sabor agridoce. Fiz uma explicaçãozinha bem básica sobre o que é o degorgement no post anterior.
Para acompanhar a entrada, nos serviram uma espumante brut, à vontade.
Depois, o prato principal foi servido na forma de mini buffet, instalado sobre um fogão à lenha. Foram servidos risoto de vinho tinto, bifes de picanha com cebolas refogadas e couve-flor gratinada. Para acompanhar, um Don Giovanni Cabernet Franc, igualmente servido à vontade. Tudo muito saboroso.
Finalmente, a sobremesa: uma cassata de sorvete com pêssegos em calda, feitos ali na pousada mesmo. A cassata era igualmente regada com aquela redução agridoce já utilizada na salada. Para harmonizar, nos serviram a espumante Stravaganzza moscatel, mas a substituímos pela Don Giovanni brut que já haviam nos servido antes do jantar.
Depois do farto jantar (R$ 125,00 por pessoa – preço de julho de 2016), fomos com nossas tacinhas terminar o vinho em frente à lareira. A sala com lareira e outros detalhes da pousada você vê neste outro post.
Mas pensa que as garfadas acabaram?
Na manhã seguinte, antes de partirmos, aproveitamos o delicioso café da manhã da pousada.
Depois, como tudo o que é bom dura pouco, hora de voltar pra casa. Mas voltamos mais do que satisfeitos em conhecer esse pedacinho da Serra Gaucha, de excelente gastronomia e de gente acolhedora. E certamente com muita coisa bacana ainda pra ser conhecida.
E você, conhece a região dos Vinhos de Montanha, em Pinto Bandeira? Tem alguma dica legal pra gente?
Leia também:
Vinhos de montanha de Pinto Bandeira
Hospedagem na Vinícola e Pousada Don Giovanni
Sobre o blog: como surgiu e quem é a autora do Garfadas pelo Mundo
E se liga!
Na hora de preparar sua viagem, você pode fazer sua reserva na Don Giovanni entrando em contato diretamente com a pousada, ou pode dar uma olhada nas opções de hospedagem na Serra Gaúcha que o Booking.com oferece. Em Pinto Bandeira, não há muitas outras opções de hospedagem disponíveis, mas há dezenas de possibilidades nas demais cidades da região. São todas muito próximas umas das outras, sendo fácil o deslocamento. Principalmente entre Pinto Bandeira e Bento Gonçalves, que são vizinhas. Veja também opções de hospedagem em Bento Gonçalves.
E, para fazer um roteiro pela Serra Gaúcha, o carro é a melhor opção. Se você não mora aqui no Rio Grande do Sul e chega aqui de avião, você pode alugar um carro e já sair direto do aeroporto em Porto Alegre para o seu destino na Serra. E, se quiser garantir uns descontos, vale a pena fazer a reserva online. A Rentcars.com sempre tem uns preços bacanas, com uma centena de opções de locadoras. Você pode fazer sua reserva clicando no banner abaixo ou pela caixa de pesquisa na barra lateral do blog.
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