Em tempos de pandemia, em que vários lugares no mundo estão em quarentena obrigatória, e em tantos outros há recomendações para evitar aglomerações e ficar em casa, as viagens de todo mundo foram adiadas por tempo indeterminado. Pensando nisso, e inspirada na ideia da Mari, do blog Quase Nômade, que fez um post super bacana com dicas de livros (aliás, sigam a Mari lá no Instagram também, vale muito a pena), elaborei uma lista de filmes para viajar sem sair de casa. Porque todo mundo precisa de um pouco de distração em uma época tão complicada.
Por isso, não espere filmes com enredos profundos ou histórias complicadas nesta lista. Os filmes indicados são para se distrair mesmo, sem precisar pensar muito. Foram escolhidos pelos cenários, para viajar sem sair de casa. Até porque, mesmo que a gente não possa viajar agora, dá pra continuar sonhando com as próximas viagens, não é mesmo?
Então, segue rolando a página e aproveite as dicas de filmes para viajar sem sair de casa!
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Anjos e Demônios (2009)
O filme, baseado no livro homônimo de Dan Brown, conta a saga do especialista em símbolos Robert Langdon, quando este é chamado pelo Vaticano para desvendar o misterioso sequestro de quatro cardeais, durante o conclave, a votação para a escolha do novo Papa. Os responsáveis pelos sequestros seriam os Illuminatti, uma seita milenar secreta, que tem como inimiga a Igreja Católica. É um filme pra quem gosta de thrillers baseados em lendas e teorias da conspiração. Mas também é um filme para viajar sem sair de casa, já que mostra vários os pontos da cidade de Roma e do Vaticano.
Uma curiosidade sobre o filme: a equipe foi proibida pela Igreja Católica de filmar na Cidade do Vaticano e nas igrejas de Santa Maria Del Popolo e Santa Maria della Vittoria. Isso porque a história é considerada uma blasfêmia pela igreja. Então, a solução encontrada pela equipe foi mandar integrantes disfarçados de turistas para fotografar e filmar tudo o que pudessem, para depois reproduzir as locações em estúdio ou digitalmente. Fotografaram inclusive dentro da Capela Sistina, o que é proibido.
A propósito: não façam isso. Não sejam turistas mal educados e respeitem as regras dos lugares que vocês visitam.
Cenas para viajar sem sair de casa
Na Cidade do Vaticano
O primeiro dos lugares turísticos a aparecer na trama é a Piazza San Pietro, no Vaticano, que é o menor Estado soberano do mundo. A praça é cercada por duas colunatas semicirculares, as quais possuem 284 colunas, com 140 santos sobre elas. No centro da praça fica um obelisco de 25m trazido do Egito pelo imperador Calígula. Na praça estão ainda a Basilica di San Pietro e a Capela Sistina, com o famoso teto pintado por Michelangelo. Todos visitas imperdíveis!
Além disso, uma das cenas mais importantes do filme, quando o protagonista descobre o mentor da conspiração contra a Igreja Católica, se passa no Castel Sant’Angelo, construído no século VI. O local já foi mausoléu, prisão e esconderijo para papas em época de crises. Há, inclusive, um corredor secreto que liga o castelo ao Vaticano (o qual é reproduzido no filme).
Em Roma
Já em Roma, um dos primeiros pontos turístico que aparece na trama é o Pantheon, o belo templo de 2.000 anos construído por Adriano, no ano 120, sobre o templo original, que, por sua vez, foi construído por Marco Agripa, em 27 a.C. Hoje, a construção é uma igreja católica, mas foi construído em homenagem a todos os deuses. A estrutura do templo é fascinante: o diâmetro da cúpula é exatamente igual à altura do templo. A luz entra pelo óculo na cúpula, assim como a chuva, que é drenada por 22 buracos que passam quase despercebidos no piso. No Panteão está o túmulo de Raffaello Sanzio, o famoso pintor renascentista italiano.
Depois, outro ponto turístico que é exposto no filme é a Chiesa di Santa Maria del Popolo, uma das primeiras igrejas renascentistas de Roma, que fica na Piazza del Popolo. Além dela, outros dois lugares de Roma que aparecem no filme são a Piazza Navona, onde fica a bela Fontana dei Quattro Fiumi, e a Chiesa di Santa Maria della Vittoria é outro dos pontos turísticos de Roma a aparecer neste filme.
Trilogia do “Antes”
Uma trilogia inteira para viajar sem sair de casa. No primeiro filme, Antes do Amanhecer, dois jovens, um americano e uma francesa, se conhecem em uma viagem de trem pela Europa. No segundo, Antes do Por do Sol, o casal se encontra em Paris. E, no terceiro, Antes da Meia-noite, o casal, já com duas filhas gêmeas, faz uma viagem à Grécia. Dá pra fazer uma Eurotrip sem sair do sofá!
Antes do Amanhecer (1995)
O filme começa em uma viagem de trem a caminho de Paris, na qual o estudante americano Jesse conhece a francesa Celine. Quando o trem faz uma parada em Viena, destino final de Jesse, Celine decide descer junto com ele e os dois passam a noite na cidade. Não há muitos cenários conhecidos dos turistas, já que a trama se desenvolve com o casal passeando basicamente por cafés, bares e ruazinhas da cidade. Mas, por isso mesmo, o filme é uma delícia de passeio por uma capital austríaca bem mais “nativa”.
Além disso, esse primeiro filme da trilogia é baseado em uma história real. O cineasta Richard Linklater, que produziu o filme, conheceu Amy Lehrhaupt numa viagem à Filadélfia, em 1989. Os dois se conheceram em uma loja de brinquedos e viraram a noite juntos. Ao amanhecer, os dois se separaram, mas combinaram de continuar em contato. O trato não deu muito certo e o casal nunca mais se viu. Anos mais tarde, em 2010, o cineasta soube, por um amigo, que Amy havia morrido em um acidente de moto em 1994, pouco antes de começarem as filmagens de Antes do Amanhecer.
Antes do Pôr do Sol (2004)
Nove anos depois, Jesse e Celine se reencontram em Paris, onde ele está fazendo a apresentação de seu livro, escrito a partir do encontro com Celine anos atrás. A apresentação ocorre na famosa livraria Shakespeare and Company, onde os dois se encontram.
A partir da livraria, Jesse e Celine saem pra uma caminhada pelas ruas de Paris, mantendo a fórmula do primeiro filme: enquanto caminham pelas ruas da cidade, os dois conversam sobre os mais variados assuntos. Depois de uma parada em um dos muitos e clássicos cafés de Paris e uma caminhada pela Promenade Plantée, que é um belo jardim no meio da cidade, os dois acabam pegando um daqueles barcos que fazem o transporte pelo Rio Sena, tendo a Cathédrale Notre-Dame como cenário. A catedral, construída no século XIII, é a mais bem preservada da França.
A Shakespeare and Company
A lendária livraria que hoje existe é, na verdade, uma homenagem à livraria original, fundada em 1912, por Sylvia Beach, no Quartier Latin, que era uma espécie de abrigo para os escritores que deixavam suas terras natal para escrever em Paris. Além disso, Sylvia Beach foi quem publicou a obra Ulysses de James Joyce, em 1922. A livraria também tinha vários frequentadores ilustres, como Ernest Hemingway, Gertrude Stein e Scott Fitzgerald.
Mas, apesar da importância da livraria, ela foi fechada pelos nazistas em 1941, quando a proprietária se recusou a vender a última cópia de Finnegans Wake, de James Joyce, a um oficial nazista. Após o fechamento da livraria, Sylvia Beach foi mandada para um campo de concentração na França, onde permaneceu por seis meses. Quanto à livraria atual, ela foi fundada por George Whitman, em 1951, mas com outro nome. E somente foi batizada de Shakespeare and Company em 1964, em uma homenagem a Sylvia Beach, de quem Whitman era admirador.
Antes da Meia-Noite (2013)
No último filme da trilogia, rodado em apenas 18 dias, Jesse e Celine estão casados e tem duas filhas gêmeas. Eles estão passando o verão na ilha de Messinia, no Peloponeso, no sul da Grécia. Na trama, o casal passa por uma crise, vindo a questionar os motivos pelos quais decidiram ficar juntos. As cenas deste filme são muito mais focadas em diálogos do casal entre si e com amigos, mas, mesmo assim é possível ver no filme cenários fabulosos, como plantações de oliveiras, penhascos sobre o mar e ruínas históricas.
Cartas para Julieta (2010)
Esse é um dos filmes para viajar sem sair de casa que eu mais gosto. Deve ser porque se passa em um dos lugares que eu mais amo no mundo: a Itália.
O filme conta a história de Sophie, uma jornalista que vive em Nova Iorque com o noivo, Victor. Em uma viagem para Verona, na Itália, enquanto o noivo acaba mais ocupado com compromissos profissionais, Sophie resolve conhecer a cidade sozinha. E, por acaso, acaba conhecendo as “secretárias de Julieta”, um grupo de mulheres que tem como trabalho responder às cartas que são deixadas nas paredes da Casa di Giulietta, que reproduz o cenário da famosa tragédia shakespeareana. E, ao se juntar a essas mulheres, Sophie encontra uma carta deixada há 50 anos em uma das paredes da casa, e que havia ficado escondida entre os tijolos.
Então, a protagonista responde à carta, que, mesmo após tanto tempo, encontra a destinatária, Claire, uma elegante senhora inglesa, que, após receber a resposta, resolve voltar à Itália para tentar encontrar o seu grande amor da juventude, o italiano Lorenzo Bartolini. Pensando em ser uma boa história para escrever sobre, a jornalista Sophie decide acompanhar Claire e o neto Charlie na busca por Lorenzo, o que leva os três para uma viagem pela belíssima região da Toscana.
Cenas para viajar sem sair de casa
Um dos cenários do filme é a cidade de Nova Iorque. Mesmo não sendo a locação principal, é possível reconhecer alguns pontos turísticos, como o Central Park e a Estátua da Liberdade. Mas, como essa é uma cidade que eu infelizmente ainda não conheço, vou deixar os comentários sobre ela para outro post. Até porque os principais cenários do filme são os italianos.
Verona
O filme começa por Verona, com a protagonista Sophie passeando pelas ruas da cidade. Nestas primeiras cenas, é possível ver a Arena Romana, que hoje funciona como teatro, com vários espetáculos a céu aberto durante o verão. Depois, o filme traz o ponto turístico que é o principal da trama, a Casa di Giulietta. A casa é local de peregrinação dos turistas, ávidos pela foto na famosa bancada, ou junto à estátua da Julieta. Reza a lenda que quem tocar o seio direito da moça terá sorte no amor – sorte que a pobre Julieta não teve, mas, né, lenda é lenda. Dentro da casa, há uma exposição com as roupas e os objetos utilizados nas cenas do filme Romeo e Giulietta, do Franco Zefirelli, de 1968. É a mais clássica das versões para o cinema (e a minha preferida também).
Toscana
A trama ainda se desloca para a região da Toscana, tendo sido filmada principalmente em Siena e arredores e na região do Val d’Orcia. Os ciprestes, os vinhedos e todas aquelas paisagens lindíssimas da Toscana estão todos no filme. O hotel em que os personagens Sophie, Claire e Charlie ficam hospedados, uma antiga propriedade toscana, fica em Vagliali, nos arredores de Siena. Já as paisagens que aparecem nas cenas na estrada são do Val d’Orcia, que é um dos lugares mais bonitos da Toscana. É a região que mais representa a Toscana que todo mundo tem na cabeça.
Além disso, o filme também mostra pontos de Siena, como a Piazza del Campo, o ponto mais icônico de Siena, onde, nos meses de julho e agosto, acontece o Palio, a corrida de cavalos mais antiga do mundo. Pra quem for assistir o filme, a cena em que Sophie e Charlie fazem guerra de sorvete foi gravada em frente ao Battistero di San Giovanni, que fica atrás do Duomo de Siena.
O Club di Giulietta
Se você está se perguntando se as “secretárias de Julieta” existem, pois eu lhe digo que elas existem sim. Realmente há um grupo de mulheres que responde as cartas que são deixadas na Casa di Giulietta. Mas nem as cartas são apenas aquelas deixadas na casa, nem as mulheres são apenas um pequeno grupo de italianas em um escritório de Verona. Hoje, além das cartas deixadas na Casa di Giulietta, é possível mandar sua carta de qualquer parte do mundo, para o endereço físico do clube ou para o email dele. Além disso, o Club di Giulietta conta com voluntárias de outros países que ou moram em Verona, ou em outros países, e que ajudam a responder cartas em outras línguas. Mesmo se você estiver turistando pela Itália, você pode ser voluntária do clube.
A vida imita a arte
Os atores Vanessa Redgrave, que interpreta Claire, e Franco Nero, que faz o papel de Lorenzo, são casados na vida real. Mas o curioso é que eles, assim como no filme, tiveram um relacionamento na juventude e depois demoraram décadas para se reencontrar. Os dois se conheceram durante as filmagens de Camelot, na década de 1960, tiveram um filho e depois se separaram, passando 30 anos afastados. Se reencontraram já nos anos 90 e se casaram em 2006, estando juntos até hoje.
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O Código Da Vinci (2006)
Os filmes baseados nos livros do Dan Brown podem até não serem os melhores do mundo, mas, como filmes para viajar sem sair de casa, eles são ótimos. Isso porque as histórias sempre envolvem lugares históricos de cidades importantes no mundo. Se a trama do Anjos e Demônios se situava em Roma, a de O Código Da Vinci se passa entre as cidades de Paris e Londres, com uma visitinha à Escócia.
No filme, baseado no livro homônimo, o simbologista Robert Langdon acaba se tornando o suspeito da morte do curador do museu do Louvre, que é, na verdade, o líder de uma sociedade secreta muito antiga, o Priorado de Sião (vocês já viram que o Dan Brown curte essas sociedades secretas, né). O Priorado seria o guardião do segredo mais bem guardado do mundo, a localização do Santo Graal. Junto com Sophie Nouveau, que descobre ser neta do curador assassinado, o professor precisa descobrir quem é o autor do crime para se livrar da acusação. E assim acaba desvendando um dos maiores mistérios da história da humanidade.
Cenas para viajar sem sair de casa
Em Paris
O filme começa em Paris, sendo que a primeira cena se passa dentro do Museé du Louvre. Aliás, o filme começa e termina no Louvre. O prédio do museu foi construído no século XII, por Felipe Augusto, para ser uma fortaleza a proteger a cidade. Depois, já foi residência real no século XVI e se tornou museu nacional após a Revolução de 1793.
No filme, Langdon e Sophie andam pelo museu tentando decifrar a última mensagem do curador assassinado, por meio de códigos em duas famosas obras de Leonardo da Vinci: a Mona Lisa (ou La Gioconda, em italiano), que é certamente a obra de arte mais famosa do mundo, e a Virgem das Rochas (ou Le Vergine delle Rocce, em italiano). Além disso, preste atenção na cena final da trama, na qual aparecem a Grande Pyramide (a pirâmide externa) e a Pyramide Inversée (a pirâmide invertida, na parte de dentro do museu).
Já outra cena do filme se passa na Église Sainte Sulpice, que começou a ser construída em 1646 e demorou 150 anos para ficar pronta. A igreja é uma das maiores de Paris e, segundo os especialistas, não é cortada pelo meridiano mencionado pelo filme. Mas o seu interior é recheado de belos afrescos de Delacroix, produzidos no século XIX.
No Reino Unido
Depois de Paris, a trama se desloca para Londres, especificamente para a Temple Church, cujo nome se dá em função da ordem dos Cavaleiros Templários. A igreja foi a sede dos Templários até 1312, quando a ordem foi extinta. Dentro do templo, há efígies dos cavaleiros templários do século XIII. Outro cenário que aparece no filme é a Westminster Abbey, um dos pontos turísticos mais imponentes de Londres e também o mais importante, já que é lá que ocorrem as coroações dos monarcas desde 1066. Além disso, a abadia é o local onde estão sepultados esses monarcas, juntamente com outras figuras importantes, como Sir Isaac Newton. Aquele senhor que só “descobriu” a força da gravidade, sabe?
Saindo da Inglaterra, a trama se desloca para uma pequena igreja na Escócia, a Rosslyn Chapel. No filme, lá seria o local onde estão guardados todos os segredos sobre o Santo Graal. Já na vida real, a igreja é um belo templo em estilo gótico, que foi construído por William St. Clair, em 1446, e pertence à mesma família desde então.
Inferno (2016)
Dan Brown de novo. Mas agora, neste filme, que se baseia em mais um dos livros do autor, os cenários são Florença e Istambul. Nesta história, o simbologista Robert Langdon se vê envolvido em um plano de um bilionário estadounidense para reduzir a população mundial, por meio da disseminação de uma praga, nos moldes do que ocorreu com a peste negra na Idade Média. A trama também traz várias referências ao livro “A Divina Comédia”, de Dante Alighieri, escrito no século XIV. Nele, o escritor fiorentino relata uma viagem alegórica pelo Inferno, Purgatório e Paraíso (cada uma das fases é uma parte do poema), numa referência ao seu exílio.
Cenas para viajar sem sair de casa: Florença
Ponte Vecchio
No filme, um dos primeiros pontos turísticos a aparecer é a Ponte Vecchio, que fica no ponto mais estreito entre as duas margens do Rio Arno. Antigamente, a ponte era o local onde ficavam os açougues da cidade. Mas, no século XVI, Fernando I de Médici, em razão do mau cheiro gerado pelos restos de carne jogados no rio, ordenou que os açougues fossem substituídos por joalherias, que estão lá até hoje. Por cima da estrutura passa o Corridoio Vasariano, uma passagem construída pelos Médici para que eles pudesse se deslocar do Palazzo Vecchio (a sede do governo) até o Palazzo Pitti (a residência da família) sem ter que andar pelo meio do povo.
Além disso, a ponte, que foi construída em 1345 e foi a única que escapou da destruição pelas tropas alemãs em retirada, em 1944. Dizem que isso se deu porque Hitler tinha ficado admirado com a ponte, quando a visitou em 1938. Mussolini inclusive mandou abrir duas janelas no centro da ponte, para que o Führer pudesse admirar o panorama da cidade a partir da ponte.
Palazzo Vecchio
Outro cenário do filme é o Palazzo Vecchio, com o seu grandioso Salone dei Cinquecento, que era onde se reunia o Conselho da Cidade, formado por 500 membros (daí o nome do salão). Hoje, o local é utilizado para eventos diversos e solenidades oficiais. O salão é todo adornado com imensos afrescos, dentre eles as obras de Vasari, que retratam as batalhas da conquista de Siena por Florença. O teto, que fica a 21m de altura, também contém alegorias e cenas da história de Florença e da família Médici. No mais, o Palazzo Vecchio já foi servir como sede de governo e moradia dos cônsules da cidade, bem como residência da família Médici antes deles se mudarem para o Palazzo Pitti após um surto de malária. Hoje, o palácio continua sendo utilizado como sede da administração municipal.
Piazza della Signoria
Em frente ao Palazzo Vecchio fica a Piazza della Signoria, que, há séculos, é o centro da vida local. Antigamente, era o local onde o povo era reunido para tomar decisões políticas importantes (como um plebiscito). Hoje, a praça é um dos pontos mais movimentados de Florença, pois, além de sediar o Palazzo Vecchio, fica ao lado da Galleria degli Uffizi.
Além da praça em si, outro ponto turístico que aparece no filme é a Loggia dei Lanzi, construída no século XIV e que, hoje, é um museu a céu aberto, com importantes esculturas, como O Rapto das Sabinas, de Giambologna, uma peça com 4,10m de altura, feita a partir de um bloco único de mármore. A obra representa um dos eventos mais antigos da historia de Roma: quando Rômulo fundou a cidade, ele propôs aos vizinhos sabinos uma aliança, a fim de conseguir mulheres com quem a primeira geração de romanos pudesse procriar e povoar a nova cidade. Porém, os vizinhos recusaram a aliança, o que levou Rômulo a tomar as mulheres sabinas à força, levando-as para Roma.
Battistero di San Giovanni
Uma das cenas do filme se passa no Battistero di San Giovanni, que fica em frente ao Duomo de Florença. A estrutura hexagonal foi construída no século XI e possui três conjuntos de portas de bronze, nos quais a história da Humanidade é contada. A pia batismal, dentro do batistério, também é famosa, já que foi local de batismo de vários florentinos famosos, como o escritor Dante Alighieri.
Cenas para viajar sem sair de casa: Veneza
Canal Grande e a Basilica di Santa Maria della Salute
O Canal Grande é o principal canal que corta Veneza, e em suas margens estão cerca dezenas de prédios importantes da cidade. Um dos cenários do filme é justamente uma das vistas mais bonitas de Veneza, a que se tem da Ponte dell’Accademia, que fica bem em frente à Galleria dell’Accademia (que tem a coleção de arte mais importante da cidade). A ponte é a última dentre as que ligam as margens do Canal Grande, entre o Dorsodouro e San Marco.
A visão a partir dela tem, ao fundo, a imponente Basilica di Santa Maria della Salute, cuja construção foi encomendada pelos sobreviventes da peste negra, como agradecimento pela salvação. O Senado de Veneza oficialmente prometeu à Nossa Senhora a construção de uma igreja, caso a Santa intercedesse pela cidade e acabasse com a peste que dizimou cerca de 80 mil habitantes de Veneza. E, diante do tamanho da graça alcançada, o pagamento foi à altura: uma belíssima basílica, construída sobre mais de 100 mil postes de madeira enterrados nos bancos de lama para sustentar a ponta do Dorsodouro. No interior da igreja, ainda há diversas obras-primas de Ticiano e Tintoretto, algumas retratando o período da peste em Veneza.
Piazza San Marco e Basilica di San Marco
A Piazza San Marco é o ponto central de Veneza. Nela fica a Basilica di San Marco, que foi construída para abrigar o corpo de São Marcos, roubado do Egito em 828 e trazido a Veneza dentro de um barril de toucinho, para burlar a inspeção alfandegária. A fachada da basílica é repleta de mosaicos, enquanto que, no seu interior, há tesouros ducais, espólios das Cruzadas e supostas relíquias sagrada, como um fêmur de São Roque, um polegar de São Marcos, o braço que São Jorge utilizou para matar o dragão e um cacho do cabelo de Nossa Senhora.
Cenas para viajar sem sair de casa: Istambul
As cenas finais do filme se passam na cidade de Istambul, na Turquia, especialmente na Cisterna da Basílica, também chamada de “Palácio Submerso”. A estrutura, que hoje é um dos principais pontos turísticos da cidade, foi construída no século VI, na época do império bizantino, para abastecer a cidade. O local tem 336 colunas de 9 m e seria capaz de armazenar cerca de 10o milhões de litros d’água, transportados por um aqueduto a 20 km da cidade.
Um lugar chamado Notting Hill (1999)
Você também tem um filme que já assistiu tantas vezes que chega a saber as falas de cor? Eu tenho e é esse, que conta a história de Will Thacker, um inglês tímido, proprietário de uma não muito bem sucedida loja de livros de viagem, que se apaixona por uma famosa atriz norteamericana, Anna Scott. Nã0 há tantos pontos turísticos como cenários, mas, mesmo assim, é possível fazer um pequeno passeio por Londres assistindo o filme.
Isso porque ele se passa, basicamente, no bairro de Notting Hill, uma área nobre de Londres. Além disso, o bairro é um dos lugares mais charmosos da cidade, com suas casas geminadas e coloridas. O principal ponto do bairro é a Portobello Road, onde, aos sábados, ocorre uma tradicional feira de rua. Nessa mesma rua, fica a livraria que inspirou o filme existe de verdade, e hoje se chama The Notting Hill Bookshop. Eu confesso que não vi a livraria quando estive lá (que falha!), mas a Poliana, do Across the Universe, conta mais sobre ela e também sobre a Portobello Road e sua tradicional feirinha.
Outro ponto de Londres que serviu de cenário para o filme foi Hampstead Heath, um belíssimo parque em uma área mais afastada do centro da cidade. Dentro do parque fica a Kenwood House, uma mansão de 1764 (reformada a partir da casa que já existia ali, desde 1616). A mansão tem como destaque a biblioteca e uma coleção de obras de arte, como um autorretrato de Rembrandt.
Meia-noite em Paris (2011)
Ótimo filme para viajar por Paris sem sair de casa. É quase um guia de viagem em forma de filme. Mas uma viagem não só pela Paris atual. Na trama, Gil Pender é um escritor, bem sucedido como roteirista nos EUA, mas frustrado como escritor literário. O protagonista tenta encontrar inspiração para terminar de escrever seu livro numa viagem a Paris. Durante uma caminhada noturna pela cidade, ele acaba se perdendo e, à meia-noite, em frente à igreja de Saint-Etienne du Mont, é “resgatado” por boêmios da Paris dos anos 20. Assim, todas as noites, à meia-noite, Gil entra em uma viagem no tempo, onde acaba conhecendo vários clássicos da literatura, como Ernest Hemingway, Gertrude Stein e Scott Fitzgerald.
Cenas para viajar sem sair de casa
Em Paris
O principal cenário do filme é certamente a Église Saint-Etienne du Mont, que é de onde partem as “expedições” de Gil pela Paris dos anos 20. Mas o filme mostra ainda outros pontos bem conhecidos dos turistas. Nas cenas que introduzem o filme, são mostradas breves imagens da Champs Elysée e Arco do Triunfo, do Moulin Rouge (o famoso cabaré parisiense), da Torre Eiffel, da Basilique du Sacré Coeur, da Cathédrale Notre-Dame, do Jardin du Luxembourg e da pirâmide externa no Musée du Louvre.
Depois, algumas das cenas do filme se passam no Musée Rodin, que reúne obras de Auguste Rodin e também de sua musa Camille Claudel. Uma dessas obras é a famosa escultura O Pensador, feita em 1902.
Fora de Paris
Além de um filme para viajar por Paris, ele também serve para viajar pelos arredores da capital francesa. O filme começa com Gil passeando pelos jardins da Maison de Claude Monet, com a noiva, Inez. Juntamente com a casa do pintor impressionista, os jardins são o principal ponto turístico de Giverny, uma cidadezinha com pouco mais de 500 habitantes. Outro cenário fora de Paris é o Palácio de Versailles, construído por Luís XIV durante o seu longo reinado. Os personagens passeiam pelos jardins do palácio, que são tão fantásticos quanto os aposentos do palácio. É possível ver não só o espelho d’água como também algumas das belas fontes dos jardins. E preste atenção nas cenas finais do filme, rodadas dentro do palácio, precisamente nos aposentos de Luís XIV e no belíssimo Salão dos Espelhos.
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Só Você (1994)
Mais uma viagem para a Itália sem sair de casa. Neste filme, a romântica Faith passa a vida obcecada por um nome revelado em uma tábua Ouija (o “jogo do copo”), Damon Bradley. Quando está prestes a se casar, Faith recebe uma ligação de alguém que ela acredita seja a sua alma gêmea: um amigo de seu noivo, chamado Damon Bradley, dizendo estar indo para Veneza, na Itália. Então ela, junto com a cunhada e melhor amiga Kate, decidem partir para lá, à procura da suposta alma gêmea de Faith. Começam por Veneza, depois partem de carro para Roma, passando pela Toscana, chegando, por fim, na, em Positano, na Costa Amalfitana.
Cenas para viajar sem sair de casa
San Gimignano
Veneza tem uma aparição bem rápida no filme, aparecendo quase que somente o Grande Canal e os prédios às suas margens. De lá, Faith e Kate partem de carro, um clássico Fiat 500, em direção à Roma, passando pela Toscana. Nas cenas na estrada, surgem aquelas paisagens belíssimas da região, bem como a cidade de San Gimignano ao fundo, com suas torres inconfundíveis.
San Gimignano é uma das mais pitorescas cidades da Toscana, com suas quatorze torres que podem ser vistas já à distância, da estrada. Essas torres são as que restaram do total de 72 que a cidade chegou a ter na Idade Média. As torres era construídas pelas famílias nobres de San Gimignano, primeiro como refúgios em caso de ataques inimigos, e, depois, com a construção dos muros ao redor da cidade, as torres passaram a ser a representação do poder e da riqueza de cada uma dessas famílias.
Roma
Depois, uma das primeiras imagens de Roma a aparecer no filme é a do Coliseu, o imponente teatro romano de mais de dois mil anos. Consta que o termo “Coliseu” apareceu pela primeira vez em uma profecia do século VIII, ditada pelo monge Beda, o venerável: “Enquanto existir o Coliseu, existirá Roma; quando cair o Coliseu, cairá Roma; quando cair Roma, cairá o mundo”. Além do Coliseu, outros pontos turísticos a aparecerem no filme são o Castel Sant’Angelo e o Monumento Nazionale a Vittorio Emanuele II, também chamado Altare della Pátria, construído em homenagem ao primeiro rei da Itália após a unificação.
Outro ponto muito conhecido de Roma que serve de cenário para o filme é a Boca della Verità, uma roda de mármore com uma face entalhada. Reza a lenda que a roda de mármore é um “detector de mentiras”: se a pessoa coloca a mão na boca entalhada e conta uma mentira, tem os seus dedos mordidos.
Costa Amalfitana
E a busca de Faith termina na belíssima Costa Amalfitana, mais precisamente na cidade de Positano, que é a mais famosa da região. Além dos prédios empilhados nas montanhas sobre o mar, o filme também tem como locação um belo hotel em uma dessas encostas, de frente para o mar.
E aí, deu pra matar um pouquinho a vontade de viajar sem sair de casa? Qual é o seu filme (ou livro, ou série, ou programa de TV) pra continuar sonhando com as próximas viagens? Conta pra gente!
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Uma das melhores coisas em assistir filmes que a gente viaja sem sair de casa é poder revisitar lugares que já fomos. Dá uma saudade boa, né? Particularmente, eu fico doida com os que mostram cenas gravadas na Itália… amoooo!
Ah, eu também, Dhebora! Sou apaixonada pela Itália! ❤️🇮🇹
Abraço!
dá pra viajar com o tom hanks né esse home faz uns videos muitos “viajados”… só tem que cuidar pra n ser um naufrago ou aquele q ele fica preso no aeroporto por anos aheuahea
gostei dessa lista de filmes para viajar!
Hahahahaha! Deusolivre! Viajar com o Tom Hanks é sempre um risco: ou tu acaba numa ilha deserta, ou preso num aeroporto, ou perseguido por seitas religiosas ou sociedades secretas.
Obrigada, Angela!
Um abraço!
Adoro todos esses filmes! rs Várias viagens diretamente do seu sofá hehehe. Mas infelizmente ainda não conheci Roma – louca pra conhecer! Em Londres, fiz questão de tirar foto na frente da livraria do filme Notting Hill hehehe.
Olha, Fernanda, eu sou meio suspeita pra falar de Roma – sou apaixonada pela cidade e sua história (já estive lá três vezes). Mas acho que tem que conhecer!
E tu acreditas que eu passei 8 meses em Londres e não vi a livraria do Notting Hill? 🙈
Abraço!
Adoro também rever lugares que visitei pelos filmes, ou até conhecer novos pelas imagens. Não conhecia todos os filmes dessa lista mas fiquei com vontade de ver alguns só pelos cenários, rs.
Dá vontade de viajar, né? Eu acabo revendo esses filmes várias vezes. Alguns nem tanto pelo filme em si, mas só pra ver os lugares por onde já andei.
Abraço!
Muito boa seleção de filmes para viajar sem sair de casa! Sabe que o anjos e demônios eu já viajei quando li o livro, mas as locações do filme são incríveis né?
Ah, e eu amo a trilogia do antes do amanhecer, antes do por do sol e antes da meia noite! Lindo, lindo! A história, o cenário, os atores…
Muito boa seleção de filmes para viajar sem sair de casa! Sabe que o anjos e demônios eu já viajei quando li o livro, mas as locações do filme são incríveis né?
Ah, e eu amo a trilogia do antes do amanhecer, antes do por do sol e antes da meia noite! Lindo, lindo! A história, o cenário, os atores…
Obrigada, Mariana! Eu viajo muito vendo esses filmes, assisto várias vezes, só pra rever os lugares por onde já andei… A trilogia do Antes é muito linda mesmo! ❤️
Abraço!