Eu não tenho filhos, mas sei que há muita gente por aí deixando de viajar porque não sabe muito bem o que fazer com as crianças. Levar junto? Deixar com a vó? Levar alguém junto pra cuidar? Pois, pensando nisso, a Paula, colaboradora aqui do blog na sessão “Garfadinhas pelo Mundo” e uma mãe viajante muito da despachada, mandou 6 dicas essenciais pra quem quer saber como viajar com crianças.
Por isso, se você tem filhos, mas ainda não se encorajou a sair pelo mundo com eles, segue rolando a página! E veja que viajar com crianças não é nada de outro mundo.
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Fonte da imagem destacada retirada do banco de imagens do Pixabay.
Como viajar com crianças: 6 dicas essenciais
(Autora: Paula Chisté)
1 – Não tenha medo.
Minha primeira dica de como viajar com crianças é, justamente, viaje com as crianças! Se este já era um hábito seu, da sua família, se é algo que te agrada e te faz feliz, não deixe de viajar só porque agora você tem filhos. Tenha em mente que viajar com crianças não é um bicho de sete cabeças e, embora exija mais planejamento e organização, é uma experiência que vale a pena.
2- Evite a alta temporada.
Se você tiver flexibilidade de datas para tirar férias, evite viajar durante a alta temporada (férias escolares, feriados prolongados, períodos de grandes eventos no local de destino). Atrações lotadas e aeroportos caóticos já são desagradáveis quando estamos só entre adultos. Acrescente crianças à jogada e a dor de cabeça é quase garantida. Isso sem falar nos valores das passagens aéreas e hospedagem, que se multiplicam nesses períodos. Só que, para viajar com crianças, não esqueça de verificar o clima no destino para não ter surpresas desagradáveis, como tempestades, excesso de neve, atrações fechadas e outros fatores que podem acabar estragando completamente a viagem.
Minha dica é viajar no início ou final da baixa temporada. Por exemplo, ir para o Caribe no início de junho, ou para a Serra Gaúcha em agosto, ou ainda ir em março para as praias do Nordeste. Nessas épocas, você ainda aproveita o destino, sem gastar uma fortuna ou se acotovelar entre milhares de turistas.
3 – Pense fora da caixa.
Quando pensamos em como viajar com crianças, imediatamente nos vem à cabeça a ideia de resorts “all inclusive”, Disney, hotéis com espaço kids e outros passeios direcionados ao público infantil. Porém, saiba que não precisa ser assim.
Em todos os lugares do mundo, há crianças, o que significa que, independentemente do destino escolhido, provavelmente haverá alguma atração ou experiência a ser curtida pelos pequeninos. Não deixe ninguém convencê-los de que é impossível viajar com crianças sem serviço de recreação, copa baby, brinquedoteca ou algo assim. Essas ferramentas podem até facilitar a sua vida, mas não são, de modo algum, indispensáveis. Crianças se divertem em parques públicos, prédios históricos, museus, praias, shopping-centers. Ficam fascinadas com detalhes que, muitas vezes, nem mesmo nós percebemos. Surpreendem-se com culturas e climas diferentes do que estão acostumados, e essa é uma das grandes belezas da viagem com crianças: esse novo olhar sobre locais que já conhecemos e até nos parecem desinteressantes.
Só não deixe de se informar sobre as condições de segurança, higiene e acessibilidade do destino. Essas, sim, considero importantes, ainda mais para quem viaja acompanhado de um bebê, levando carrinho.
4 – Ajuste suas expectativas.
Esta dica eu considero muito importante. A viagem será, de fato, muito frustrante se você planejá-la sem considerar as crianças e todos os imprevistos que delas decorrem. Fraldas vazam, birras acontecem, pequenas pernas se cansam. Não planeje roteiros cronometrados minuto a minuto, deixe folgas e permita turnos livres para explorar os arredores, descansar, brincar numa pracinha, tomar um sorvete olhando a paisagem. Anote e priorize as atrações que não quer perder de jeito nenhum e, de preferência, aloque cada uma em um dia da viagem.
Além disso, seja sensato: alguns programas podem não ser adequados para as crianças e talvez você não consiga mesmo fazê-los neste momento da vida. Não recomendo um jantar de cinco pratos em um restaurante estrelado com uma criança de dois anos, nem aquela visita guiada ao museu que você ama, mas que dura mais de três horas. Seja flexível e permita que a criança guie alguns momentos da viagem pois, como já disse antes, você pode acabar se surpreendendo positivamente.
5 – Informe-se.
Esta é uma dica que vale para todas as viagens, mas, mais ainda, para quem viaja com crianças. Informe-se sobre as políticas da companhia aérea para viajar com crianças – via de regra, bebês até dois anos não pagam passagem quando transportados no colo ou no bercinho acoplado ao assento da frente. Além disso, algumas companhias aéreas fornecem refeições infantis ou até mesmo pacotes com mimos para os pequenos (a TAP é uma delas). Normalmente, também é possível despachar um carrinho de bebê, sem custo adicional e cujo peso não é descontado da sua franquia de bagagem. Se as informações não estiverem disponíveis no site, entre em contato com a empresa, não tenha medo de perguntar.
Também fique atento na hora de reservar hotéis. Questione sobre a possibilidade de colocar um berço ou cama extra no quarto e sobre o custo desse serviço que, muitas vezes, é gratuito. Atente para a acessibilidade do quarto, principalmente quanto à existência de escadas e/ou elevador para transportar o carrinho. Verifique a disponibilidade de cozinha, micro-ondas para aquecer a mamadeira ou comidinhas e a existência, nas proximidades, de mercadinhos ou locais onde você possa comprar comida, fraldas e outros insumos com facilidade.
Dentre as dicas de como viajar com crianças, esta é polêmica, eu sei. Mas eu acredito que comida de criança é comida de verdade e que, tanto quanto nós queremos experimentar a gastronomia local, os pequenos também têm esse direito! É claro que aqui estamos falando de crianças de mais de dois anos e não de bebezinhos que, por óbvio, precisam de uma dieta especial. Mas se o/a seu/sua filho/a já for maiorzinho, exponha-o à comida do destino. Procure restaurantes voltados para famílias, sem muita formalidade, mais relaxados, para que não fiquem tão preocupados com eventual barulho ou sujeira feitos pelas crianças. Deixe que eles provem diferentes sabores, temperos, texturas, pois o máximo que vai acontecer é não gostarem. E, nesse caso, sempre costuma haver um macarrão, sopinha ou arroz que agrada aos mais variados paladares.
Porém, novamente eu ressalto: fiquem atentos à higiene dos locais e prefiram alimentos bem cozidos e não muito condimentados, a menos que os pequenos já estejam acostumados, para evitar indisposições estomacais durante a viagem.
Obrigada por colaborar mais uma vez com o Garfadas, Paula!
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Hospedagem
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