Parece que Machu Picchu ganhou uma concorrente de peso no quesito “atrações imperdíveis no Peru”: a gastronomia peruana. Inclusive, a comida peruana foi um dos motivos que nos levou até o país. Faz tempo que a comida peruana ganhou meu coração, especialmente pelo ceviche. Por isso, foi até um pouco difícil escolher onde comer em Lima, porque a vontade era de experimentar todos os lugares. Mas, como não tínhamos tempo (nem orçamento) pra isso, tivemos que deixar alguns de fora. Mesmo assim, a listinha que vocês vão ver aqui tem muita coisa boa.
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A cozinha peruana no mundo
Já faz algum tempo que a gastronomia peruana vem dominando o cenário mundial. Em 2018, o restaurante Maido, de Lima, foi eleito o melhor da América Latina, pelo segundo ano consecutivo. Em segundo lugar ficou o Central, também de Lima, que já havia ocupado a mesma posição na escolha do ano passado. Além deles, o Peru ainda teve mais um restaurante entre os dez melhores: o Astrid y Gastón, que já foi o líder do ranking em 2013. Aliás, desde que o início da premiação, em 2013, os peruanos sempre estiveram na liderança: o Astrid em 2013, o Central nos três anos seguintes e o Maido nos últimos dois anos.
Além dos três, outros dois restaurantes da listinha aqui do post também estão entre os melhores. Um é o Isolina Taberna Peruana, que ficou em décimo terceiro. O outro, o Rafael, que foi o décimo sexto colocado.
Mas, além de liderar ranking na América Latina, o peruanos também fazem bonito na premiação mundial de 2018. O Central ficou em sexto lugar, enquanto que o Maido ficou na sétima posição.
Porque os melhores ficaram de fora do nosso roteiro:
Como eu disse antes, não tínhamos tempo, nem orçamento, para experimentar todos os restaurantes que queríamos. E grana foi, sem dúvida, o principal motivo para cortar o Maido e o Central da nossa lista, pelo menos desta vez. Além disso, como já tínhamos ido ao Astrid em Santiago, no Chile, resolvemos deixá-lo de fora também.
Queríamos muito experimentar os dois, mas nenhum cabia no nosso orçamento. Em qualquer um dos dois, a conta pode chegar fácil em quatro dígitos para duas pessoas. Tanto o Maido quanto o Central são daqueles restaurantes que valem a pena pra quem gosta de experiências gastronômicas, mas que têm alguns (vários) reais pra gastar. E a gente adora essas experiências, mas adora ainda mais ter dinheiro para o restante da viagem.
Porém, não se preocupe: mesmo que você não consiga ir aos restaurantes mais badalados, certamente ainda há uma infinidade de ótimas opções para comer em Lima. E 7 delas estão na listinha que você vai ver a seguir.
Mas agora vamos ao que realmente interessa.
7 lugares onde comer em Lima
Rafael
O Rafael foi o primeiro restaurante do chef Rafael Osterling, que tem outras duas casas. Como eu falei antes, está na lista de 2018 dos 50 melhores restaurantes da América Latina, no décimo sexto lugar. Os peruanos estão bombando na cozinha ou não?
O ambiente do Rafael é simples, sóbrio, mas aconchegante. E a comida é muito boa, com vários pratos e ingredientes típicos. O ceviche de linguado, que pedimos como entrada, foi um dos melhores que provei em Lima, se não o melhor.
Além do ceviche, pedimos mais dois pratos principais: um atum grelhado sobre crosta de ervas e o clássico lomo saltado, que estava de comer ajoelhado no cantinho.
A única coisa que me incomodou um pouco foi o atendimento. Não que tenhamos sido mal atendidos, bem longe disso. Mas só achei o atendimento um pouco confuso, com vários garçons atendendo a nossa mesa. Um pra entregar o cardápio de drinques, um pra pegar o pedido de bebidas, outro pra pegar o das comidas, outro pra fechar a conta.
Não sei se esse é o sistema da casa, mas na hora que o restaurante ficou mais cheio, acabou ficando difícil chamar a atenção de algum deles. Acho que, quando os garçons se dividem por mesas e não por tarefas, fica mais fácil chamar o seu quando você precisar de alguma coisa, sem precisar ficar levantando o braço a cada um que passa pela mesa.
Mas, tirando esse detalhe, o Rafael é muito bom. Certamente voltaria lá, nem que fosse só pra comer aquele ceviche de novo. A conta, com couvert, uma entrada, dois pratos principais, mais duas taças de vinho e água, ficou em S/325,00 (preço de maio de 2018).
Isolina Taberna Peruana
“Comida caseira” é o que me vem à mente quando penso no Isolina. O restaurante fica em um casarão antigo em Barranco, com mesas de madeira e louças antigas. Tem a maior cara de casa de vó. Acho que foi o lugar onde comer em Lima que mais gostei.
Os pratos são muito bem servidos e, como eu disse, a comida parece comida de casa. É bem simples, mas gostosíssima. Pedimos o ceviche com o peixe do dia, que vem com chicharrón de pulpo (iscas de polvo fritas), e o arroz chaufa de lomo.
As porções podem ser servidas pra duas pessoas ou individuais. Mas os pratos são bem servidos. Só pra você ter uma noção: pedimos uma porção pra dois do ceviche e, do arroz, pedimos uma porção individual. E foi suficiente, sobrando espaço pra dividir um suspiro limeño no final.
No final, a conta, com toda a comida, mais as bebidas (um pisco sour, um chilcano e água) deu S/155,00.
La Picantería
O restaurante, que fica no bairro de Surquillo, foi, sem dúvida, o mais diferente dentre os lugares que escolhemos para comer em Lima.
Lá, escolhe-se o pescado de acordo com o peso, dentre as opções do dia. Essas opções são limitadas, tanto em tipos de peixes, quanto em quantidade. Do pescado escolhido, são feitos três pratos: ceviche, jalea (peixe frito) e sudado (caldo de peixe).
Escolhemos um peixe de 1,2Kg que foi mais do que suficiente para duas pessoas. Os pratos estavam uma delícia – gostei até do sudado, apesar de não ser a maior fã de caldo de peixe.
O lugar é simples, mas com estilo. As mesas são coletivas, e, se você tiver que esperar por uma delas, pode fazê-lo no bar, onde, além de experimentar uns drinques, você pode iniciar a refeição, comendo o ceviche por ali mesmo.
A conta de tudo isso (peixe, dois pisco sour e água) deu S/268,00.
El Mercado
O El Mercado é outro restaurante do chef Rafael Osterling, mas que tem um estilo mais descoladinho. Abre somente durante o dia.
O lugar tem um cardápio bem extenso e variado, cheio de pratos bem típicos. O ceviche clássico é uma delícia, parecido com o do Rafael, por óbvio. E foi no El Mercado que experimentei o tacu-tacu, um dos clássicos da cozinha peruana, que se parece com um reviradinho de arroz e feijão (branco, no caso). O tacu-tacu vinha acompanhado do lomo saltado, outro prato muito popular no Peru. O prato é pesado, mas muito gostoso. Se quiser algo mais leve, ou não tão típico, dá pra pedir algo da parrilla, que tem peixes e frutos do mar.
Ao final, a conta para dois, com o ceviche de entrada, mais dois pratos principais, uma sobremesa, dois piscos e água, ficou em S/295,00.
Pescados Capitales
Dos lugares onde comer em Lima, acho que o Pescados Capitales é um dos mais populares. Localizado na mesma região do El Mercado, tem um ambiente amplo, com cara de restaurante que se vai com os colegas de trabalho.
O Pescados Capitales serve uma boa variedade de ceviches e tiraditos, além de vários outros pratos típicos peruanos. Além dos ceviches, experimentamos um polvo grelhado que estava uma delícia.
A conta do almoço para duas pessoas, com dois ceviches, um polvo grelhado, piscos e água, fechou em S/254,00.
Juicy Lucy
Se, durante a viagem, você precisar escolher onde comer em Lima, mas estiver cansado da comida típica (o que eu acho meio difícil), os burguers do Juicy Lucy são certamente uma excelente opção.
A hamburgueria fica na mesma região do El Mercado e do Pescados Capitales. Os hambúgueres são de carne Angus e bem suculentos. E as fritas são bem sequinhas, mas, se não quiser, pode pedir só o burguer.
No final, a conta com dois hambúrgueres e cervejas ficou em S/88,80.
La Lucha Sangucheria Criolla
O último da lista de onde comer em Lima, mas não o menos importante. Bem pelo contrário.
A La Lucha é uma rede de sanduicherias com várias unidades em Lima, inclusive no aeroporto, que foi onde comemos. É uma baita opção pra um lanche rápido e mais barato. E muito bom! Coma o sanduíche de lomo com cebola caramelizada, que é uma delícia.
Pedimos dois sanduíches com uma Inka Kola e gastamos S/40,90.
Então, esta é a nossa listinha de lugares onde comer em Lima. Espero que vocês tenham gostado e aproveitem as dicas! Lembrando que todos os preços listados neste post são de maio de 2018.
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E se liga!
A maior parte dos restaurantes indicados aqui fica no bairro de Miraflores, que é também o lugar onde a maioria dos turistas prefere se hospedar, pois é o bairro mais bem localizado prara visitar as principais atrações de Lima. Nós, de outro lado, ficamos hospedados no bairros de San Isidro, que certamente é outra ótima opção em Lima, próxima de Miraflores. É um bairro super agradável e bem menos movimentado, turisticamente falando.
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