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Comida boa e barata em Porto Alegre? Prove o a la minuta do Rossi!

Se você acompanha o blog, certamente já percebeu que este post faz parte de uma série sobre o centro histórico de Porto Alegre. No primeiro post, eu contei pra vocês todas as minhas dicas sobre o Mercado Público, um dos meus lugares preferidos na cidade.  Agora, neste post, vamos falar um pouco sobre cultura, mas, principalmente, sobre comida boa, farta e barata. Chegou a hora de vocês conhecerem o generoso a la minuta do Rossi, na Rua dos Andradas.

Mas, antes, um pouquinho cultura, que nunca é demais

Na Praça da Alfândega (pertinho do Rossi), tem uma tríade de museus bem bacanas. E o melhor de tudo é que você não gasta um centavo para visitá-los.

Museu de Arte do Rio Grande do Sul

Este museu está instalado em um belo prédio de 1913 (construído para abrigar a Delegacia Fiscal). Possui um grande acervo de obras de artistas brasileiros, e, principalmente, gaúchos, nas mais diversas formas. Tem pinturas, gravuras, esculturas, fotografias, entre outras.

O museu funciona de terças a domingos, das 10h às 18h.

Memorial do Rio Grande do Sul

O Memorial, assim como o MARGS, também está localizado em um prédio histórico. Construído entre 1910 e 1914, no local funcionava a antiga agência dos Correios e Telégrafos. Lá, você conhece a história do nosso estado por meio de uma cronologia exposta em grandes painéis. Para isso, vá lá de terça a sábado, das 10h às 18h, ou nos domingos e feriados, das 13h às 17h.

a la minuta do rossi memorial centro Porto Alegre

Santander Cultural

O prédio foi construído nos anos 30, tendo abrigado diversas instituições bancárias. Há um acervo sobre isso no subsolo do prédio.

O museu tem uma intensa programação com sessões de cinema diárias, shows semanais, exposições e ciclos de oficinas permanentes. Naquele dia, pudemos ver a exposição temporária que homenageava os 100 anos da morte do escritor Simões Lopes Neto, grande nome da literatura gaúcha. Seu livro mais famoso, Contos Gauchescos, conta os “causos” do personagem Blau Nunes, os quais representam depoimentos sobre a cultura gaúcha.

O Santander funciona de terça a sábado, das 10h às 19h, e nos domingos, das 13h às 19h.

Paradinha em um dos clássicos de Porto Alegre

Fizemos este passeio na época da tradicionalíssima Feira do Livro, que acontece todos os anos, geralmente no início de novembro. Então, depois dos museus, demos uma passadinha na feira, que é, sem dúvida, ótima para encontrar livros a preços atraentes. Especialmente se você (como eu) tiver paciência para fuçar nos saldos que cada estande oferece.

Mas uma dica: nos finais de semana, a feira costuma ficar cheia com o passar do dia, então tente ir pela manhã. Se puder ir durante os dias de semana, melhor. Assim, dá pra vasculhar as promoções com calma, sem ter que sair se acotovelando com o pessoal que fica “plantado” na frente dos estandes.

a la minuta do Rossi feira do livro centro

Ainda sobre o centro histórico de Porto Alegre

Depois de sairmos da Praça da Alfândega, seguimos pela Rua dos Andradas, popularmente chamada de Rua da Praia. Isso porque, antigamente, ficava próxima das margens do Guaíba.

A rua concentra parte do comércio do centro de Porto Alegre. Além disso, é palco de manifestações artísticas, algumas boas e outras de qualidade duvidosa. Igualmente, a rua sedia atos políticos, concentrados na chamada “Esquina Democrática”, no cruzamento com a Avenida Borges de Medeiros.

andradas esquina democrática centro

E aqui vai uma dica de leitura bem bacana sobre um pitoresco episódio ocorrido nessa rua: o livro “Tragédia da Rua da Praia – Uma história de sangue, jornal e cinema”, do autor gaúcho Rafael Guimaraens. Nele, o autor conta a história real de um assalto ocorrido em 1911, em uma casa de câmbio da rua. O crime deixou um morto e movimentou a cidade até a captura dos assaltantes. Na época, o caso virou até filme.

Além desse, o autor tem vários outros livros que falam sobre Porto Alegre – a propósito, “A dama da lagoa”, que também é sobre um acontecimento famoso na cidade, é outro muito bom.

Mas chega de conversa e vamos à estrela principal do post.

Agora sim: o a la minuta do Rossi

O centro de Porto Alegre tem inúmeras opções gastronômicas, desde as mais baratinhas até as mais refinadas. Tem buffets executivos, pratos feitos, lanches e etecétera. Como todo centro de cidade grande, tem de um tudo mesmo. Ainda lembro de um tempo, durante a faculdade, quando eu fazia estágio no centro, em que eu costumava almoçar no Come-Come (chamávamos de “Subway genérico”). Lá eu montava um sanduíche de baguete, com peito de peru e complementos, por R$ 1,99. Não era coisa muito glamourosa, mas ajudava nas finanças.

E, nessa profusão de opções, encontramos o Grelhados Rossi. O lugar é bem simples, mas a comida é boa, barata e farta. Se vocês olharem bem para a foto do prato do a la minuta do Rossi, certamente vão ver a metade de um boi em forma de chuleta.

Segundo um amigo que trabalha no centro, o a la minuta do Rossi é carinhosamente chamado de “BAFO”: bife, arroz, fritas e ovo. Se preferir, você pode trocar as fritas por salada. Mas, como diz o meu marido, o Cadu, quem é que lembra de salada quando o assunto é a la minuta?

O preço dos pratos é bem honesto e varia conforme a carne escolhida. O prato com chuleta custa R$ 17,00, enquanto o de filé sai por R$ 22,00 (tem de frango também). Os valores são de novembro de 2016, mas acredito que, mesmo que tenha havido algum reajuste, continuem baratinhos.

Depois do almoço, cafezinho na Casa de Cultura

Depois de matar o a la minuta do Rossi, fomos ao Café Santo de Casa, no terraço da Casa de Cultura Mário Quintana, para um cafezinho pós-almoço.

Além do café, a Casa de Cultura tem bastante coisa legal. Ela funciona no prédio do antigo Hotel Majestic, onde o poeta gaúcho Mário Quintana morou de 1968 a 1980. Após, o hotel foi fechado e o seu prédio adquirido pelo banco Banrisul, sendo transformado na Casa de Cultura, aberta em 1990.

A casa tem cinema, exposições de arte, apresentações de teatro, dança e música. Além disso, tem espaços bem legais. O “Quarto do Poeta”, por exemplo, é uma reprodução fiel do quarto do autor, com seus móveis e objetos pessoais. Mas a Casa de Cultura tem ainda o Jardim Lutzenberger, que reúne diversas espécies de plantas, representando diferentes ambientes botânicos, e leva o nome do ambientalista gaúcho José Lutzenberger.

Além disso, o terraço oferece uma vista bacana do rio Guaíba, que, na verdade, é lago. Mas nós aqui sempre chamamos de rio. Quem se importa com nomes técnicos, ora bolas. Dica boa é ir lá no fim da tarde, pra ver o famoso por-do-sol no rio, um dos orgulhos dos porto-alegrenses.

Depois do cafezinho, continuamos o nosso passeio pelo centro. Mas essa parte ficou para outro post, onde eu mostro pra vocês mais uma partezinha do centro, com mais prédios históricos e mais comida boa.


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1 comentário em “Comida boa e barata em Porto Alegre? Prove o a la minuta do Rossi!”

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